
Ciência, sociedade e mediação: conheça as revistas científicas francesas
O Ministério do Ensino Superior e Pesquisa lista cerca de trinta revistas científicas, a maior parte criadas por universidades francesas, associações de universidades e grandes escolas, bem como por organismos de pesquisa. Essas publicações, voltadas para o público geral, são escritas e produzidas pelos próprios autores das pesquisas, contribuindo para o diálogo entre ciência e sociedade.
A criação de revistas científicas por instituições de ensino superior e pesquisa se estende de 1984 a 2023. Esse vasto período de publicações, demonstra para p Ministério francês uma uma prova da vitalidade dessa ferramenta de comunicação, valorização e mediação. O primeiro levantamento dessas diferentes publicações mostra que, com base nas 30 publicações examinadas, as revistas científicas são, na maioria dos casos, publicações gratuitas, salvo pouquíssimas exceções.
UMA VISÃO GERAL DA MEDIAÇÃO CIENTÍFICA
Entre essas revistas, acessíveis a partir de um mapa interativo, destacam-se:
- Empreinte: a revista da Universidade Littoral Côte d'Opale, lançada em 2017 e publicada anualmente, dedicada às notícias de pesquisa para "despertar o interesse em saber mais, conhecer, compartilhar e colaborar";
- Exploreur: lançada em 2016 pela Universidade de Toulouse (que reúne todas as instituições da cidade e da região), apresenta-se como "o caminho mais curto entre a ciência e você";
- Inspirons demain: criada em 2023 pela Universidade de Lille, é a "revista das transições" que, em sua primeira edição, traça o caminho "rumo à transição energética";
- CNRS, le Journal: lançada em 1989 e publicada trimestralmente, dispensa apresentações e é uma referência no campo das publicações científicas;
- Campus: a revista da Universidade de Lorraine, criada em 2023 e lançada trimestralmente, é uma publicação mista, abrangendo tanto o ensino superior quanto a pesquisa. Concebida como um suplemento do L'Est Républicain e do Républicain Lorrain, essa publicação é realizada pelas equipes desses jornais;
- Prisme: lançada pela Universidade Caen Normandie em 2015, é uma publicação exclusivamente dedicada à pesquisa;
- En Direct: publicação bimestral da Universidade de Franche-Comté, criada em 1987, é uma das revistas científicas mais antigas que, em sua 304ª edição, leva seus leitores ao Extremo Norte, seguindo os passos de Paul-Émile Victor;
- Savoir(s): publicada semestralmente pela Universidade de Strasbourg, oferece duas versões de sua revista: uma abordagem transversal para a versão impressa e prioridade às notícias para a versão digital;
- Pop'Sciences Mag: publicação semestral criada em 2017 pela Universidade de Lyon, exclusivamente dedicada a temas de pesquisa com uma temática por edição.
REVISTAS QUE SE TORNARAM DIGITAIS
Realizando uma análise comparativa, o Ministério se concentrou em destacar as características comuns dessas edições. Além de gratuitas, essas revistas são principalmente multiplataforma. Embora "o digital tenha amplamente prevalecido sobre as edições físicas", as revistas foram originalmente concebidas em versão impressa e algumas ainda existem nesse formato.
Essas edições, em geral, como observado pelo Ministério, não ultrapassam uma tiragem de 5000 exemplares. A maior parte é reservada para "distribuição nos campi e laboratórios ou para um público específico, como parceiros institucionais e sócio-econômicos". Para ir além desse círculo restrito, essas revistas agora também estão disponíveis online para aumentar sua disseminação e alcançar um maior número de leitores. Todas as soluções são possíveis: uma versão simples ou aprimorada com links ativos, vídeos e complementos de leitura.
FERRAMENTAS DE DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO
O grande ponto em comum na publicação de uma revista científica, destaca o Ministério, é "certamente uma das iniciativas habituais promovidas pelas instituições de ensino superior e pesquisa", ou seja, a disseminação do conhecimento promovendo "o diálogo entre ciência, pesquisa e sociedade".
Difundir o conhecimento e abrir o diálogo: esses são os dois objetivos prioritários dessas publicações que foram concebidas para oferecer a um grande número de pessoas uma atualização em relação às notícias, mas também para fornecer elementos de reflexão e um valioso entendimento sobre os grandes desafios que moldam nossas sociedades, valorizando os trabalhos e projetos científicos, bem como aqueles que os realizam.
PROJETOS UNIFICADORES
A terceira característica comum a todas essas publicações científicas é o fato de serem projetos internos e unificadores, uma vez que, para produzir uma revista desse tipo, é necessário envolver e mobilizar uma grande parte das comunidades científicas e acadêmicas.
Dessa forma, continua o Ministério, na prática, a coordenação editorial é principalmente "realizada pela equipe de comunicação, pela equipe de pesquisa ou por ambas". Quanto à redação do conteúdo, é realizada por "comunicadores, cientistas ou especialistas internos, com o apoio pontual de jornalistas especializados".
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